Osteopatia Pediátrica
A Osteopatia Pediátrica atua de forma efetiva e preventiva nas enfermidades que têm origem genético/embrionária assim como as que derivam do processo de gestação/parto.
As tensões sobre o sistema nervoso do bebé podem provocar problemas na amamentação, sucção, deglutição, como ainda, otite, sinusite, respiração bucal, problemas de oclusão, asma infantil, irritabilidade, alterações do sono, refluxo, vómitos, disfunções digestivas e intestinais, cólicas, plagiocefalia, torcicolo congénito, joelhos valgos ou varos, escolioses, dismetria dos membros inferiores, hiperatividade, problemas de comportamento, da coordenação, da aprendizagem, entre outros. As tensões nos tecidos, adquiridas na gestação e no parto podem impedir ou diminuir a possibilidade de se sentar, gatinhar, caminhar normalmente, comprometendo o seu normal desenvolvimento.
Entre o nascimento e a puberdade o organismo experimenta alterações anatómicas, fisiológicas e psíquicas a um ritmo acelerado de natureza quer externa quer interna.
O tratamento osteopático pediátrico tem um enfoque craniano/visceral. É agradável à criança, suave e seguro. Quando proporcionado precocemente, devido à extraordinária plasticidade das crianças e adolescentes, permitirá uma rápida melhoria tanto da criança como na qualidade de vida da família.
A osteopatia pediátrica acolhe a visão do indivíduo preconizada pela medicina antroposófica, tratando a criança e o adolescente no seu todo e respeitando o ser individual que ele é.
A medicina manual é tão antiga quanto a ciência e a arte da medicina propriamente dita.
O uso das mãos no tratamento de traumatismos e doenças já era praticado no antigo Egipto e Hipócrates já descreve manobras de tração vertebral nos seus manuscritos. No entanto, é só no século XIX, nos Estados Unidos, que a Osteopatia surge pelas mãos do Dr. Andrew Still (1828-1917).
Em 1874, Andrew Still, médico em Missouri, desiludido com a medicina da época, funda a Osteopatia para reforma da medicina, mas dada a hostilidade que encontra, acaba por desenvolvê-la como um sistema independente da medicina.
A primeira escola Osteopática foi fundada em 1917 por John Martin Littlejohn, um escocês que tinha estudado com o Dr. Still, tendo este incluído no currículo osteopático o estudo da fisiologia.
Em Portugal a Osteopatia foi legalmente reconhecida como Terapêutica Não Convencional, (TNC), pela Lei nº 45/2003, de 22 de Agosto. Em 2013 foi publicada a Lei n.º 71/2013 de 2 de setembro, que vem “regulamentar a Lei n.º 45/2003, relativamente ao exercício profissional das atividades de aplicação de terapêuticas não convencionais”.
Posteriormente foram publicadas diversas Portarias que pode consultar na AOST - Associação dos Osteopatas de Portugal.
Indicações Terapêuticas
Osteopatia na Gravidez
Estar grávida é um acontecimento maravilhoso, mas o corpo feminino tem de se adaptar estruturalmente para levar a cabo essa tarefa tão deliciosa que é gerar vida.
Com a adaptação da zona pélvica à gravidez surgem certos desconfortos físicos, especialmente na zona lombar e diafragmática, muitos deles devido ao facto de já existirem previamente fatores agravantes, tais como escolioses, redução da altura dos discos intervertebrais, hérnias, artroses, ou simplesmente por alterações do hábito postural nas ações do dia a dia.
A osteopatia reconhece essas alterações mecânicas na estrutura e procura uma solução adequada a cada caso, ajudando cada mulher a passar mais confortavelmente por esse período e criar um ambiente benéfico para um bom desenvolvimento do bebé
Na fase pós-parto existe uma nova adaptação estrutural do corpo feminino o que pode provocar certos desconfortos especialmente durante a fase de amamentação que obriga muitas vezes a uma postura incorreta.
Osteopatia Adultos
A osteopatia tem uma excelente capacidade na resolução de problemas que afetam o adulto ativo, sejam de origem músculo esquelética (traumatismos, posturais, neurológicos, viscerais ou emocionais)
Também dispõe de técnicas muito efetivas no tratamento de questões do foro psíquico ou emocional, como, (ataques de pânico, insónia, enxaquecas, stress, ansiedade)
Técnicas como manipulação estrutural, libertação fascial, libertação somato emocional, sacrocraniana, manipulação visceral, são uma mais-valia na abordagem holística ao ser humano o que torna a osteopatia numa terapia de excelência, sendo atualmente uma área da saúde reconhecida em todo o mundo e cada vez mais requisitada por ser extremamente eficaz.
Osteopatia Geriátrica
Com o passar dos anos a condição física começa a deteriorar-se. Gradualmente o corpo humano sente cada vez mais dificuldades nas pequenas tarefas do dia a dia.
O aparecimento de problemas articulares está associado ao desgaste articular acumulado durante uma vida plena de atividade. Por sua vez o aparecimento de artroses, osteoporose, desgaste dos discos intervertebrais, calcificações dos ligamentos, originam dor e limitação do movimento.
O bloqueio articular provoca uma diminuição da capacidade do indivíduo em se relacionar fisicamente com o mundo que o rodeia, a limitação funcional vai provocar uma rigidez generalizada acompanhada de dor, desconforto, especialmente durante a noite, devido a ser uma altura em que existe uma maior imobilidade.
A osteopatia através das suas técnicas puramente manuais, ajuda o indivíduo a melhorar a sua amplitude articular, ao restabelecer a função de cada articulação que se encontra limitada.
Todo o organismo irá beneficiar com a recuperação da sua função.
Osteopatia estrutural
Área da osteopatia ligada à manipulação articular através de manobras de impulso de baixa amplitude e alta intensidade. Esta técnica tem como objetivo restaurar a mobilidade de uma articulação que se encontra limitada na sua amplitude normal.
Estas técnicas podem se aplicar a um grande número de articulações do corpo não sendo aconselhável a bebés e idosos.
Osteopatia visceral
Manipulação visceral uma técnica manual que trabalha com o sistema visceral do corpo (coração, fígado, intestinos e outros órgãos internos), a fim de localizar e aliviar pontos de tensão anormal. Esta terapia aplica forças manuais específicas que trabalham com o intuito de promover a mobilidade e tonicidade normal das vísceras e dos seus tecidos conectivos. Estas manipulações suaves podem melhorar significativamente a função dos órgãos e a integridade estrutural de todo o corpo.
Osteopatia craniana
Osteopatia craniana é uma abordagem que utiliza o ritmo craniano (mecanismo involuntário) dos pacientes para avaliação e tratamento, destinada à diminuição da mobilidade articular e alterações do sistema nervoso autónomo, fonte de muitas disfunções.
O sistema crânio sacral é constituído pelas membranas de tensão recíproca e fluido cefalorraquidiano que envolve todo o sistema nervoso, um sistema que se estende desde os ossos do crânio, face, até ao sacro. Como este sistema influencia o desenvolvimento sagaz do organismo pode ocasionar vários distúrbios gerais como problemas sensoriais, motores, hormonais/ metabólicos e neurológicos. Estas alterações podem incluir dor crónica, problemas relacionados com stress, labirintite, rinite, sinusite, otite, escoliose, enxaquecas, e outros desafios à saúde.
Osteopatia emocional
A ligação mente corpo é de extrema importância. Existem tensões internas que são adquiridas aquando do nascimento, gestação ou em situações de trauma emocional que geram bloqueios funcionais na estrutura humana, a nível estrutural, visceral e neurológico, pondo em causa toda a organização fascial. As emoções não estão só dentro da cabeça estão também em todos os tecidos do corpo, especialmente fáscias e órgãos. O corpo guarda a memória dos eventos da vida e adapta-se causando muitas doenças.